Hayam Chandra é do hindu Energia da lua
“A Arte lava da alma a poeira da vida cotidiana.” Pablo Picasso.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
Boca Miúda
O grupo de teatro, dança e poesia Boca Miúda, foi idealizado pela atriz Hayam Chandra, em 2004 quando ela tinha 11 anos e ainda morava em Belém (PA), o grupo ganhou esse nome por ser composto inicialmente apenas por crianças. Em 2006 Hayam, retornou ao Amapá, onde nasceu, e deu continuidade ao trabalho de poesia e teatro, com o intuito de promover o acesso da literatura as crianças carentes. O “Boca Miúda” já ganhou o prêmio Licel - Incentivo a Leitura de Crianças e Adolescente no Pará, e em 2012 o grupo entrou na nova fase trabalhando espetáculos também para o público adulto.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Vozes da Floresta - comentário de Jiddu Saldanha
Hayam Chandra, Adriana Abreu e Herbert Emanuel conhecedores e admiradores da arte da poesia construíram um espetáculo que é um espelho fiel da poética amazônica podendo constatar dês de seu cenário de sua iluminação passando pelo texto do espetáculo que são poemas selecionados de poetas da Amazônia alcançando a atuação dos três amapaenses que trazem ao Publico musica, teatro, dança e exposições áudio visual de uma Amazônia jamais vista no decore de 46 minutos de infinitos orgasmos estéticos cominando com o ritual do Marabaixo que é o ritual típico da região do Amapá.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Poemas de Hayam Chandra
Ainara
olhar de noite estrelada
Tornou-se tempestade
A gota caída do olho direito
Ficou sem companhia para prosear
olhos cheios d’água
E a gota solitária na face da menina
O olhar tornou-se rio
Arteiro de brincadeiras, pronto a ninar.
Em breve o rio secou-se
As estrelas tinham a energia dos holofotes
A gota ainda presente na face secava-se
De repente entrou em cena
Um sorriso de leite acompanhado por
Um piscar de borboletas amarelas
Hayam Chandra
Meus passos soltos
Esperam os teus
Para se encaixarem
Num compasso intimo
No salão da noite
Ao som do luar
Espiando o jazz a beira mar
Hayam Chandra
Menina tua energia toca clarins na lua
E me tomas o coração, pura energia
Está noite dormirei tranquila
Meus lábios soltos de menina
Afogam-se no frescor da lua
Com olhos cansados
Cubro-me com teu luar
adormeço feliz
No ápice do sono
Momento fugaz
Do gozo da menina
Tudo é lua
Energia da lua
Hayam Chandra e Jiddu Saldanha
O ritmo entoou meu corpo
Meu tinlintar de cabocla
Sangue forte tucuju
Marabaixo me chama para teu
Ritmo de negro fervente
Cantar minha cultura
No som da caixa
Com pés desnudos
No quilombo
O ritmo arrancou meu coração
Não há como parar
Se o tocador parar
O ritmo para meu coração
Hayam Chandra
As margens do igarapé
a lua aparece
Protagonista da noite
Bailando com as nuvens
Numa canção de vento
Ao embalo de teu canto
Encantando o moço
Que passa por ali
As margens da paixão
Hayam Chandra
meu lar se enxerga em noites
ao dia ele se esconde
tímido e desprotegido
há noites que não o vejo
pos se cobre com o manto da noite
tornando-se invisível
para minha lente terrestre
às vezes deixa escapar
as pontas dos pés
outras o olhar
em momento de gozo
Permite-me admirar
sua beleza e simplicidade geométrica
o que mais me impressiona
não é o fato de meu lar
ser um astro
mas sim
sua pura energia
que me faz sentir
imortal.
Hayam Chandra
Ao som de Marly
Liquido de coisa morna
Escorre entre as pernas da negra
Sorriso e lagrimas
Acompanham a chegada
O rio festeja teu nascer
Quebrando no cais
Batizando os que por ali passam
Trazendo não só a vida mais
O frescor da lua e o
Aconchego do ar
Para que possas ninar
Em tua rede de cabocla Macapaba
as margens de teu Amazonas
(Hayam Chandra)
O ismo constrói-se...
Um ser não nasce com o ismo
Torna-se
O medo do novo
É uma de suas causas
Esta que nos inferioriza
Ao intimo do eu
As múltiplas faces
Em traços distintos
Raças que se contrapõe
Na convivência irreal
Do sistema
Construído equivocadamente
Pelos ditos brancos
Estes que pisam em
Índios
Negros
Pardos
...
raças estas citadas
como fracas
onde sua sina é a
fome, pobreza
uma guerra continua
em busca da sobrevivência
o ismos é uma doença mental
conhecida popularmente
racismos, ...
diagnosticada por tratamento de choque
por simulações de cenas do
desprezo humano.
Hayam Chandra
olhar de noite estrelada
Tornou-se tempestade
A gota caída do olho direito
Ficou sem companhia para prosear
olhos cheios d’água
E a gota solitária na face da menina
O olhar tornou-se rio
Arteiro de brincadeiras, pronto a ninar.
Em breve o rio secou-se
As estrelas tinham a energia dos holofotes
A gota ainda presente na face secava-se
De repente entrou em cena
Um sorriso de leite acompanhado por
Um piscar de borboletas amarelas
Hayam Chandra
Meus passos soltos
Esperam os teus
Para se encaixarem
Num compasso intimo
No salão da noite
Ao som do luar
Espiando o jazz a beira mar
Hayam Chandra
Menina tua energia toca clarins na lua
E me tomas o coração, pura energia
Está noite dormirei tranquila
Meus lábios soltos de menina
Afogam-se no frescor da lua
Com olhos cansados
Cubro-me com teu luar
adormeço feliz
No ápice do sono
Momento fugaz
Do gozo da menina
Tudo é lua
Energia da lua
Hayam Chandra e Jiddu Saldanha
O ritmo entoou meu corpo
Meu tinlintar de cabocla
Sangue forte tucuju
Marabaixo me chama para teu
Ritmo de negro fervente
Cantar minha cultura
No som da caixa
Com pés desnudos
No quilombo
O ritmo arrancou meu coração
Não há como parar
Se o tocador parar
O ritmo para meu coração
Hayam Chandra
As margens do igarapé
a lua aparece
Protagonista da noite
Bailando com as nuvens
Numa canção de vento
Ao embalo de teu canto
Encantando o moço
Que passa por ali
As margens da paixão
Hayam Chandra
meu lar se enxerga em noites
ao dia ele se esconde
tímido e desprotegido
há noites que não o vejo
pos se cobre com o manto da noite
tornando-se invisível
para minha lente terrestre
às vezes deixa escapar
as pontas dos pés
outras o olhar
em momento de gozo
Permite-me admirar
sua beleza e simplicidade geométrica
o que mais me impressiona
não é o fato de meu lar
ser um astro
mas sim
sua pura energia
que me faz sentir
imortal.
Hayam Chandra
Ao som de Marly
Liquido de coisa morna
Escorre entre as pernas da negra
Sorriso e lagrimas
Acompanham a chegada
O rio festeja teu nascer
Quebrando no cais
Batizando os que por ali passam
Trazendo não só a vida mais
O frescor da lua e o
Aconchego do ar
Para que possas ninar
Em tua rede de cabocla Macapaba
as margens de teu Amazonas
(Hayam Chandra)
O ismo constrói-se...
Um ser não nasce com o ismo
Torna-se
O medo do novo
É uma de suas causas
Esta que nos inferioriza
Ao intimo do eu
As múltiplas faces
Em traços distintos
Raças que se contrapõe
Na convivência irreal
Do sistema
Construído equivocadamente
Pelos ditos brancos
Estes que pisam em
Índios
Negros
Pardos
...
raças estas citadas
como fracas
onde sua sina é a
fome, pobreza
uma guerra continua
em busca da sobrevivência
o ismos é uma doença mental
conhecida popularmente
racismos, ...
diagnosticada por tratamento de choque
por simulações de cenas do
desprezo humano.
Hayam Chandra
luz de menina
Vivendo o novo de tua vida
Descobrindo não só a cria
Mais também a arte
Horas recita bons tons
Outras meus ouvidos se fecham
Para as musicas que enrola
em tua pequenina boca
teu momento de descoberta
Recordam-me, a infância
e me remete as coisas
insanas das criaturas
levadas
ao revirar o guarda roupa de mãe
vejo o futuro de artista que tens em tua veia
de menina estrelinha amo-te minha pequena.
Hayam Chandra
Entre outras tantassou Macababa
Cultura vem de cultivar. Semear a mestiça cultura brasileira é minha sina, aprender e traspassar os cultos de nossos ancestrais através da musica, dança, teatro, literatura, artes visuais entre outras é o que me move. Sou Negra, Índia, Branca, Humana sou Brasileira minha religião é a Arte minha paixão é a vida. (Hayam Chandra 04/12/2009)
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